quinta-feira, 14 de abril de 2011

Abate de frango mais barato

fonte Avicultura Industrial



Entre os principais perigos presentes no sistema de processamento de frangos estão os fragmentos de ossos, resíduos de drogas veterinárias e salmonelas, que podem chegar ao consumidor causando diferentes problemas de saúde. Para solucionar o problema, nada melhor que a prevenção, principal objetivo do sistema HACCP, que significa Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle.

O tema foi abordado no Seminário Latino Americano de Abate e Processamento de Frangos de Corte, que aconteceu entre os dias 29 e 31 de março, em Maringá, no Paraná e foi promovido pela Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta). De acordo com Luciana Miyagusku, diretora técnica de divisão do centro de tecnologia de carnes do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o sistema se baseia na análise de perigos e pontos críticos de controle.

"Como exemplos de perigos físicos estão fragmentos de ossos, de plástico ou fios de cabelo. Há ainda perigos químicos, como resíduos de drogas veterinárias acima do limite permitido pela legislação brasileira. E também perigos biológicos, como a salmonela ou Campylobacter", cita a diretora.

Segundo ela, o sistema tem como objetivo evitar que esses perigos sejam veiculados por alimentos e causem danos à saúde do consumidor. Para isso, é necessário seguir todas as recomendações. Uma delas é a nomeação de um grupo de trabalho responsável por desenvolver exclusivamente essa implantação.

"A empresa deve definir seu público-alvo, ou seja, seus clientes, como restaurantes, famílias e outros. Deve ainda avaliar a possibilidade de perigo existente no alimento, além das etapas mais críticas, responsáveis pela disseminação desse perigo. Além disso, deve prever ainda as medidas corretivas no caso da ocorrência de algum desvio desse sistema. E, como o mais importante, o treinamento e a conscientização de todos os funcionários", explica Luciana.

Ela diz ainda que, ao conhecer detalhadamente o processo produtivo e focar na qualidade alimentar, é possível evitar o retrabalho. Isso gera maior economia para a empresa e maior eficiência desse processo. Já para aumentar ainda mais a eficiência do sistema, existem planos governamentais, como o “Plano Nacional de Controle de Resíduos de Drogas de Origem Veterinária", que impõe medidas de coleta, limites para cada droga veterinária e um programa de controle de redução de patógeno.

Para mais informações sobre o sistema HACCP, basta entrar em contato com o ITAL através do número (19) 3743-1700.

Universidade Católica do Porto -PT desenvolve requeijão probiótico

Universidade Católica do Porto desenvolve requeijão probiótico
Investigação aprofunda aplicações das proteínas do soro, reduzindo o seu carácter poluente
Foto: Dee Doucette /Flickr
A Universidade Católica desenvolveu, em laboratório, um requeijão probiótico que procura desvendar a solução para valorizar o soro do leite, subproduto dos lacticínios com elevada carga poluente.

Desenvolvido em laboratório, o requeijão probiótico é um projecto pioneiro em Portugal, levado a cabo pela Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto, que pretende encontrar a solução para valorizar o soro do leite, um subproduto da produção de produtos lácteos com grande carga poluente.

As conclusões do projecto esclarecem que, através da incorporação de culturas probióticas no requeijão, é possível a obtenção de novos tipos de queijos e derivados lácteos, que acabam por adquirir melhores características nutricionais e, consequentemente, reduzem o seu carácter poluente.

Com o crescente aumento da procura por produtos de qualidade que sejam benéficos para a saúde, a investigação baseou a sua pesquisa na exploração de alimentos funcionais, ou seja, alimentos enriquecidos com aditivos alimentares, dos quais as bactérias probióticas são exemplo.

A ESB foi pioneira no lançamento da formação em Engenharia Alimentar em Portugal, há 25 anos, oferecendo, ainda, a única licenciatura em Microbiologia existente no país.

Abate sem dor

fonte Suinocultura Industrial
Rodolfo Panim Ciocca, zootecnista e supervisor de Bem-estar Animal da Sociedade Mundial de Proteção Animal
Rodolfo Panim Ciocca, zootecnista e supervisor de Bem-estar Animal da Sociedade Mundial de Proteção Animal


Aplicadas no mundo todo, as técnicas de insensibilização de aves e de suínos consistem na instantânea e completa inconsciência dos animais na hora do abate. O processo oferece vantagens tanto aos animais quanto ao frigorífico. De acordo com José Rodolfo Panim Ciocca, zootecnista e supervisor de Bem-estar Animal da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês), quando insenbilizado, o animal não sente dor durante o processo de abate. Sem dor, o animal fica menos estressado e/ou angustiado na hora de sua morte. Portanto, evitam-se ferimentos e a qualidade do produto final será superior. Estudos mostram perdas  devido a lesões e fraturas durante o abate. "No entanto, com o uso das técnicas de insensibilização na hora do abate, registram-se perdas menores e a qualidade da carne do produto final será superior", pontua o zootecnista.

Ciocca explica que existem diversos métodos de insensibilização de aves e suínos na hora do abate. O uso da pistola de dardo cativo, da atmosfera controlada (uso de gás) e da eletronarcose são os procedimentos mais conhecidos.

Pistola de dardo cativo- A pistola de dardo cativo acionada por cartucho de explosão ou ar comprimido causa um dano (injúria) cerebral, provocada pela concussão, aumento da pressão interna e pelo efeito dilacerante do dardo (quando penetrante). Após ser disparada no crânio do animal, o mesmo torna-se inconsciente imediatamente para o abate. "No entanto, não podemos garantir que o animal não morra neste método. Ele apenas não sentirá dor na hora da sangria e por esse motivo deve ser sangrado o mais rápido possível, antes de 1 minuto.", explica Ciocca.

Atmosfera Controlada- Trata-se do processo de insensibilização no qual os animais são submetidos a altas concentrações de gás - Argônio, Dióxido de Carbono ou Nitrogênio - que produzem efeito anestesiante e os levam a morte. Para Ciocca, este método, dependendo do gás utilizado, pode ser mais eficaz. “As aves, por exemplo, não são submetidas ao estresse da pendura, o que trás benefícios para o bem-estar nessa etapa o que interfere na qualidade da carcaça pela redução de hematomas causado pelo bater de asas”.  diz. No entanto, o especialista explica que o método é pouco utilizado no Brasil, não apenas pelo alto custo, mas principalmente por causa das regras de abate Halal utilizadas nos frigoríficos avícolas. "Quando uma ave segue para sangria, ela precisa estar viva, de acordo com os preceitos do islamismo. Com o uso do gás, estas aves são penduradas e sangradas mortas".

Eletronarcose- Procedimento de insensibilização mais usado no Brasil, a eletronarcose utiliza-se da energia elétrica para deixar os animais inconscientes na hora do abate. O método pode ser aplicado de duas formas, segundo Ciocca. No primeiro, utiliza-se um eletrodo seco para transferir corrente necessária à cabeça do animal, deixando-o insensibilizado. O segundo, utilizados por frigoríficos federais e alguns estaduais, utiliza uma "cuba de imersão". Os animais passam por uma "água eletrificada" fazendo com que a corrente elétrica atravesse a cabeça e corpo, deixando-os inconscientes antes mesmo de sentirem dor.
Na avaliação do zootecnista do WSPA, todo método de abate deve buscar o equilíbrio entre o bem-estar do animal e a qualidade da carne. "Não adianta defendermos o bem-estar animal e buscarmos o apoio dos frigoríficos se não mostrarmos que todos têm a ganhar", conclui Ciocca.

Esalq abre 10 vagas para doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos

Inscrições vão até 20 de abril e podem ser feitas pessoalmente ou pelo correio


A Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP) abriu 10 vagas para o curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, que será oferecido no 2º semestre de 2011. As inscrições vão até dia 20 de abril.

O programa aborda três linhas de pesquisa: biotecnologia de alimentos, processamento e qualidade de alimentos e segurança e sistemas de qualidade. De acordo com o coordenador do curso, André Ricardo Alcarde, o conteúdo prepara o doutor para atuar em toda a cadeia produtiva dos diferentes alimentos, desde a produção da matéria-prima de qualidade até a obtenção do produto final seguro, higiênico e nutritivo.

A inscrição pode ser feita no Serviço de Pós-Graduação da Esalq, das 13h30 às 17h ou enviada pelo correio, em um único envelope, para: Esalq/Serviço de Pós-Graduação - Av. Pádua Dias, 11, 13.418-900, Piracicaba -SP. O valor da taxa é R$ 50,00.

Outras informações do curso, detalhes das linhas de pesquisa, disciplinas, orientadores e contatos estão disponíveis no Portal da Pós-Graduação, em www.esalq.usp.br/pg/11141.